Questões de concursos


QUESTÕES SOBRE A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
1.       (FUNDEP – PEDAGOGO Contagem/2006) São princípios da educação libertadora (Paulo Freire) EXCETO:
a)      Acreditar na igualdade fundamental entre os seres humanos, independentemente de quaisquer diferenças.
b)      Buscar a transformação social, constituindo-se como meio de contribuir para a justiça social e para a participação.
c)       Conceber a participação como um processo que favoreça cada vez mais a centralização das decisões tendo em vista a unidade institucional.
d)      Organizar-se como um processo em que as pessoas sejam sujeitos de sua própria formação.

2.       (FUMARC - PROFESSOR GOV.VALADARES/2009) “Não há docência sem discência”. Em seu texto, Freire (2000) discute a importância de uma reflexão envolvendo a formação docente e a prática educativo-crítica em favor da autonomia dos educandos.
Avalie as afirmativas abaixo:

        I.            A temática abordada incorpora a análise de saberes fundamentais, apresentando elementos constitutivos para a compreensão da prática docente enquanto dimensão social da formação humana.
      II.            A tarefa do educador não se resume apenas em ensinar os conteúdos, mas ensinar a pensar certo, exigindo rigorosidade metódica. Ensinar, aprender e pesquisar envolvem dois momentos do ciclo gnosiológico.
    III.            O ato de ensinar exige a corporeificação das palavras através do exemplo. Uma vez que, não há pensar certo fora de uma prática testemunhal que o re-diz em lugar de desdizê-lo.
    IV.            Na formação permanente dos professores, ensinar exige reflexão crítica a respeito da prática, é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.
Verifica-se que estão CORRETAS as afirmativas:
a)      Apenas I, II e III
b)      Apenas I, III e IV
c)       Apenas I, II e IV
d)      I, II, III, IV

3.       (FUMARC - PROFESSOR GOV.VALADARES/2009) Leia atentamente o trecho extraído do livro “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa”:
O ato de cozinhar, por exemplo, supõe alguns saberes concernentes ao uso do fogão, como acendê-lo, como equilibrar para mais, para menos, a chama, como lidar com certos riscos mesmo remotos de incêndio, como harmonizar os diferentes temperos numa síntese gostosa e atraente. A prática de cozinhar vai preparando o novato, ratificando alguns daqueles saberes, retificando outros, e vai possibilitando que ele vire cozinheiro. A prática de velejar coloca a necessidade de saberes fundantes, como o do domínio do barco, das partes que o compõem e da função de cada uma delas, como o conhecimento dos ventos, de sua força, de sua direção, os ventos e as velas, a posição das velas, o papel do motor e da combinação entre motor e velas. Na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes.
FREIRE, 2000, P. 23 e 24
O texto acima permite analisar que:
a)      Ensinar é um processo que pode tornar o aprendiz mais e mais criador. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói e se desenvolve o que pode ser chamado de “curiosidade epistemológica.
b)      Existe uma relação entre o ato de ensinar e a prática de cozinhar, mostrando que o professor precisa diversificar sua prática, promovendo atividades fora do ambiente escolar.
c)       Na prática pedagógica, é importante estabelecer atividades que relacionem com o cotidiano dos alunos, utilizando receitas familiares e atraentes.
d)      Com o objetivo de criar “espaços inovadores”, cabe aos professores utilizarem com frequência todo o espaço escolar.

4.       Segundo Paulo Freire ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. Assim o clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente deve contribuir para:

A) reforçar o autoritarismo na escola pública.
B) reforçar o medo que os pais tem dos professores e os conduz a afastar-se da escola.
C) os alunos reagirem negativamente ao exercício do comando.
D) fortalecer o caráter formador do espaço pedagógico.
E) estabelecer na escola o mandonismo que tolhe a criatividade do educando.

5.       A escola X vem trabalhando na construção coletiva do PPP escolar que tem como base a Pedagogia da Autonomia. Um dos pontos elencados e operacionalizados pelo grupo foi a formação continuada dos docentes, partindo do entendimento de ser essa a forma de favorecer:

A) uma prática pedagógica neutra que reflete positivamente no meio social.
B) o desenvolvimento de experiências que só servem para cada profissional do ensino.
C) o desenvolvimento de atividades pragmáticas que centram o ensino em atividades descontextualizadas.
D) visões distorcidas do mundo do trabalho.
E) novas formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos positivos na cognição dos estudantes.

6.       Os pedagogos e demais profissionais e pessoas que circulam na escola pública devem considerar, segundo Paulo Freire, a importância das relações entre educador e educando, entre autoridade e liberdade, entre pais, mães, filhos e filhas o que contribui para a:

A) reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia.
B) elaboração do calendário escolar que marca as lições de vida e deve inibir as liberdades dos alunos na avaliação da escola.
C) elaboração de um regimento escolar apenas por quem entende de legislação de ensino.
D) elaboração das diretrizes escolares por pessoas que detém o saber pedagógico e encontram-se fora de sala de aula.
E) produção de documentos e registros escolares exclusivamente pelos pedagogos.

7.       De acordo com a Pedagogia defendida por Paulo Freire, a autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada. É nesse sentido que os pedagogos devem estimular reflexões centradas em experiências estimuladoras da decisão e da responsabilidade, o que pressupõe:
A) experiências respeitosas da liberdade.
B) o receio às críticas mesmo construtivas.
C) a espera para saber onde as pessoas podem ir e em seguida mostrar o caminho certo.
D) a licenciosidade que hipertrofia a decisão coletiva.
E) o espontaneísmo.

8.       A pedagoga Cláudia respalda a sua prática na Pedagogia da Autonomia coordena o planejamento escolar lembrando a necessidade de elevar os índices de aprendizagem do/as alunos/as e a importância das ferramentas básicas para que eles/elas circulem na sociedade letrada. Reconhece a importância dos saberes e dos conhecimentos de experiência que chegam à escola. Nesse sentido o saber ingênuo deve ser:

A) preservado.
B) considerado como produto final do ensino e aprendizagem escolar.
C) superado pelo saber produzido através do exercício da curiosidade epistemológica.
D) considerado como ponto de partida e de chegada na aprendizagem assistemática escolar.
E) motivo de exclusão no processo de ensinar e aprender.

9.       O pedagogo Joaquim dá testemunho de respeito ao seu aluno pelo exercício cotidiano de responsabilidade, pontualidade, assiduidade e cumprimento dos seus deveres como educador. Segundo Paulo Freire as características dessa prática pedagógica docente especificamente humana é:

A) incoerente pela realidade educacional e antiética.
B) profundamente formadora, por isso, ética.
C) esteticamente assistemática.
D) espontânea e assistencialista.
E) assistemática e escapa ao juízo que dele fazem os alunos.

10.   Segundo Paulo Freire os homens e mulheres são os únicos seres que socialmente são capazes de aprender.
Assim toda prática educativa demanda processos interativos que favorecem:

A) a constatação que para mudar, é necessário práticas assistemáticas.
B) o espírito negativo e o fechamento ao risco.
C) a construção, reconstrução, a constatação que para mudar é necessário abertura ao risco.
D) o nível de adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.
E) a construção dos saberes do senso comum e a constatação que para mudar é necessário apenas do mérito individual.


GABARITO

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
C
D
A
D
E
A
A
C
B
C


QUESTÕES DE CONCURSOS CONSTANCE KAMII – A CRIANÇA E O NÚMERO
1)      Para a pesquisadora piagetiana Constance Kamii (1984:19), “número é uma síntese de dois tipos de relação que a criança elabora entre os objetos”. Os dois tipos de relação a que ela se refere são:
[A] ordem e inclusão hierárquica.
[B] ordem e seriação.
[C] classificação e seriação.
[D] classificação e inclusão hierárquica.

2)     Segundo Constance Kamii, os três princípios fundamentais no ensino do número são
A) a criação de todos os tipos de relações, a quantificação de objetos e a interação social.
B) a contagem, a quantificação de objetos e a classificação.
C) a interação social das crianças, a ordenação e a conservação de quantidades.
D) a quantificação de objetos, a interação entre os pares e o registro numérico.

3)     Piaget estabeleceu uma distinção fundamental entre três tipos de conhecimento: conhecimento físico, conhecimento lógico-matemático e conhecimento social ou convencional. Com relação a esses tipos de conhecimentos, assinale a opção correta.
A) O conhecimento físico refere-se ao processo de abstração.
B) A coordenação de relações de igualdade e de adição é irrelevante para o conhecimento lógico-matemático.
C) A fonte do conhecimento físico e do conhecimento social é parcialmente externa ao indivíduo.
D) A razão do conhecimento lógico-matemático restringe-se à realidade externa ao indivíduo.

4)     A partir da idéia de construção do número na perspectiva de Piaget, assinale a opção correta.
A) A teoria do número parte do pressuposto de que o conhecimento social dificulta a construção do conceito numérico.
B) As convenções construídas socialmente não influenciam o conhecimento numérico.
C) O professor deve ensinar diretamente à criança a estrutura lógico-matemática de número.
D) No processo de construção do número, o professor deve contribuir como agente de estímulo do desenvolvimento da estrutura mental da criança.

GABARITO

1
2
3
4
A
A
C
D